Ao observar conversas e diálogos, postagens e compartilhamentos, começo a refletir sobre seus conteúdos. Me ponho a pensar e faço uma diferenciação entre o mundo das suposições e o mundo das opiniões.
Afinal, para falar ou escrever sobre algum tema, é preciso conhecê-lo. Quando se conhece, surge uma opinião, uma análise pessoal, baseada no que se pode observar e que reflete uma verdade pessoal.
Caso contrário, creio que só é possível emitir uma suposição, que são ideias que surgem a partir da imaginação, sem fundamento, refletindo uma verdade interna, que está baseada em crenças e em aspectos emocionais, aspectos estes que refletem, em muitos casos, um ego inferior.
Se desejo conhecer certo tema, vou atrás das informações, busco a parte teórica através de leituras e vivencio a prática, seja através de cursos e/ou “pesquisas de campo”. Após ter obtido esse conhecimento, me sinto pronto para dar a minha opinião a respeito dele.
Caso não tenha feito minha lição de casa: cursos, leitura, pesquisas e prática do conhecimento adquirido, prefiro dizer que eu conheço o tema até certo ponto, e deste ponto em diante, só posso supor.
As armadilhas da suposição
No mundo das suposições, as possibilidades são infinitas! Não há limites para a imaginação!
Perceba que existem diversos níveis de suposição: ‘1. suposições sobre algo, sem conhecimento de absolutamente nada sobre ele; 2. suposições sobre algo, conhecendo muito pouco (o famoso já ouvi falar); 3. suposições sobre algo, conhecendo pouco ou “conhecendo pela metade”.
Posso usar suposições, até mesmo quando tenho um bom conhecimento sobre o tema, mas apenas por um aspecto, como por exemplo: quando eu só tenho o conhecimento da leitura e sou carente das informações da prática.
A importância da prática
Ao adquirirmos um conhecimento, ele fica “guardado” em nós, em forma de informações lógicas. Quando trazemos esse conhecimento para a realidade do dia-a-dia, colocando-o em prática e passamos a vivencia-lo, ele deixa de pertencer apenas ao campo das informações lógicas e passa ao campo da Sabedoria.
Lembre-se do ditado popular que diz: “na prática, a teoria é outra.”.
Assim, a vivência de um conhecimento transforma-o. E essa transformação, gerada pela prática, fica registrada em todos os corpos de quem fez esse caminho.
Em outras palavras, ao serem colocados em prática, os conhecimentos não ficam restritos ao mental lógico e racional, mas se expandem e passam a pertencer também a vivência emocional, pois toda prática de um novo conhecimento traz desafios a serem enfrentados. Passam, também, a pertencerem ao corpo espiritual, pois os desafios superados e aprendidos se tornam Sabedoria da Alma.
A importância da Sabedoria
Os desafios da prática geram experiências, experiências vividas geram Sabedoria. Então, se você me permitir brincar com a lógica, a fórmula da Sabedoria é:
Sabedoria = Prática de um Conhecimento + Tempo de Vivência da Prática
(S = PC + TVP).
A Sabedoria demonstra um conhecimento profundo e possibilita encontrar formas diferentes de utilizar esse conhecimento, aplicando-o em diferentes situações do cotidiano.
A Sabedoria, quando é transmitida, facilita o entendimento, pois um conhecimento quando é transmitido com sabedoria, leva consigo os ensinamentos da Alma de quem os transmite. Essa é a base da tradição oral de transmissão de conhecimentos a qual é utilizada por bons professores, Mestres e Gurus.
Adquirindo um conhecimento profundo
A meu ver, para sair das armadilhas das suposições é necessário ter o conhecimento teórico (o qual posso ter através de leituras) e ouvir as opiniões de alguém que tenha a Sabedoria sobre esse conhecimento. Para tal, preciso conhecer alguém que tenha essa Sabedoria e ouvir essa pessoa falar a respeito. Posso fazer isso conversando, convivendo ou fazendo um curso com essa pessoa.
Após ter obtido as informações e ouvido a voz da Sabedoria, tenho maior facilidade de colocar o conhecimento em prática, fazendo minhas próprias vivencias e desenvolvendo minha Sabedoria individual em gratidão. Pois acredito que devemos agradecer àqueles que registraram o conhecimento em forma de palavras e também aos Sábios que se dispõem e se dedicam a transmiti-los.
Opinião versus suposição
Se falo sobre um assunto baseado apenas nas informações teóricas ou nas minhas verdades internas, minha opinião é parcial e se transforma em suposição.
Se adquiro, além das informações teóricas, a Sabedoria transmitida por outra pessoa, entro no mundo das opiniões, com conteúdos mais profundos e coerentes, pois posso falar da teoria e de exemplos práticos da aplicação do conhecimento, que foram vividos por outra pessoa e transmitidas a mim como uma verdade anímica.
Agora, se tenho as informações teóricas, a Sabedoria transmitida e adiciono a minha vivencia do conhecimento, minhas opiniões são Sabedoria que transmito.
Sendo assim, deixo uma questão para reflexão: como você se posiciona sobre os assuntos que aborda, lê ou ouve falar? Com suposições, com opiniões ou com Sabedoria?
Namastê
Marcos Simões
Livro: O Despertar do Cristo Interno
Tania Resende, Editora Multifoco
Informe-se aqui
Compre aqui
Cursos Anima Mundhy
Consulte agenda
Links:
Teorias da conspiração em seis passos
Ao Curar a sua Vida Pessoal, você Cura o seu País e Cura toda a Terra
O Meu caminho de Iluminação foi solitário e o seu é solidário, diz Buda